segunda-feira, 30 de maio de 2011

GRAÇAS DOU... PELA ESPERANÇA QUE FALHOU...

Quem não conhece o louvor GRAÇAS DOU, cantado por muitos corais evangélicos, e desde criança ouvia e cantei muito esse louvor: Graças dou por esta vida, Pelo bem que revelou. Graças dou pelo futuro E por tudo que passou. Pelas bênçãos derramadas, Pelo amor, pela aflição, Pelas graças reveladas, Graças dou pelo perdão. Graças pelo azul celeste E por nuvens que há também. Pelas rosas do caminho E os espinhos que ela tem. Pela escuridão da noite, Pela estrela que brilhou, Pela prece respondida E a esperança que falhou. Essa parte do louvor me chocou profundamente, dias após o falecimento de meu esposo, estava numa congregação, ouvi esse hino, e como agradecer pela esperança que falhou? E esse era o sentimento do meu coração naquele momento minha esperança havia falhado. E eu ainda tinha que agradecer.Foi a partir daí que o Senhor começou a trabalhar em meu coração. Eu estava a dizer como Marta, mas Senhor: Se Tu estivesses aqui meu esposo nao teria morrido... Se Tu fizesses a sua parte, se tivesse ouvido as orações, que foram muitas. E assim fiquei divagando e questionando: Ele curou tantos enfermos, o leproso,a filha de Jairo, o paralítico, deu vista aos cegos, ressuscitou a Lázaro e ao filho da viúva de Naim etc...

Quando encaramos a morte de frente, quando ela bate a nossa porta, desafiamos nossa fé e muitas vezes desafiamos até o próprio Deus, porque aprendemos, ou até interpretamos a presença da morte, como ausência de Deus. E se o corpo não for curado, então Deus não estava por perto? Somos medíocres em querer servir um Deus que tem que demonstrar a sua presença, seu agir somente a nosso favor. Pela misericórdia, Deus está me ajudando a enxergar, a ver o que os meus olhos não viam antes, o invisível. Se não de outra forma iria a loucura ou a depressão. Como Paulo escreveu: “Não atentando nós nas coisas que se vêem,mas, nas que se não vêem, porque as que se vêem são temporais e as que se não veem são eternas. 2 Cor.4:18. A alegria que temos no coração  é a nossa confiança naquilo que Ele, o Senhor fez, faz e fará em nossas vidas independente das circunstâncias que nos cercam. É por fé e não pelas situações da vida que nos alegramos no Senhor. É a certeza de sua presença poderosa e vitoriosa que enche o coração.

Não sei se por coincidencia ou cristocidencia, estava lendo um livro que tinha uma frase que marcou em minha mente, de um prisioneiro num campo de concentração, dentro de um lugar escuro e frio ele deixou escrito na parede da prisão: “Eu creio no sol muito embora ele não brilhe. Eu creio no amor mesmo quando Ele não é demonstrado. Eu creio em Deus, mesmo quando Ele nao fala”. Precisei fazer uma escolha:Optar viver pela fé que um dia aceitei em Cristo Jesus, ou viver pelos fatos. Opto enxergar o invisível, enxergar com os olhos espirirituais. E assim adquiro forças para continuar lutando, de fé em fé, matando um leão por dia, aguardando a vitória, sabendo que o Senhor cuida de nós. Em momento de desespero ouvi Deus falando comigo “Eu cuido de você”. Tenho sentido o cuidado constante Dele. E ainda uma irmã me ressaltou o versículo de Isaías 54:5: Porque o teu criador é o teu marido, o Senhor dos Exércitos é o seu nome, e o Santo de Israel é o teu Redentor, ele será chamado o Deus de toda a terra. Necessário é continuar acreditando e confiando e tendo esperanças. Rom:15:4 Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito para que pela paciência e consolação das escrituras, tenhamos esperança. A Biblia, a palavra de Deus tem sido meu consolo, minha esperança e através dela tenho aprendido como Deus reage diante das esperanças despedaçadas, das pessoas solitárias,Mts 24:13 Fica Conosco nosso amado Salvador. Esses dois discípulos estavam com suas esperanças despedaçadas, mas Jesus chegou bem na hora, e eles sentiram sua presença, sua companhia, e sua esperança nao foi frustrada.Oséias 6:9 : Vinde e tornemos para o Senhor, ele despedaçou, e nos sarará, fez a ferida e a ligará. Ele fez essa ferida, então pela fé, creio que Ele já está sarando. Acredite Deus tem um tempo novo prá cada um de nós, uma nova história, um novo começo. Dê liberdade ao Espírito de Deus para que ele  vire a página de sua história, uma pagina nova.
Convido você que vive essa dor comigo, ou que está vivendo uma outra dor, a olhar para frente e Crer que O Deus que ama está vivo, o Deus que perdoa, o Deus que liberta, que cura, O Deus que fala, o Deus que remove pedras, que venceu a Morte e o inferno, ELE ESTÁ VIVO. I Cor. 15:55 Onde está ó morte a tua vitória?


Irmã Márcia Padilha

sábado, 21 de maio de 2011

sexta-feira, 6 de maio de 2011


Ao meu príncipe com
muito amor e dor...

Você me conheceu numa cidadezinha: Corumbá-MS, onde nasci, cresci, era filha de uma viúva pobre de ma-ré-de-sí chamada Lídia, mãe de nove filhos, e os sustentava com lavagem de roupas para fora. Minha pobreza, meu esforço para sobreviver, trabalhando, estudando, minha humildade e pouca beleza lhe chamaram a atenção, e numa boa amizade fraternal, conhecemos um ao outro; Um tanto novo para assumir qualquer relacionamento, apenas 15 anos, mas desde cedo muito responsável, convidou-me para aprender música, e eu aceitei, e logo depois fui fazer parte de sua banda musical e como era esperto, me arrumou um lugar bem pertinho de você. E ali nasceu o sentimento mais lindo dentro dos nossos corações. Já começamos a louvar a Deus juntos, a participar de cultos em feiras, praças públicas, fiéis alunos de Escola Dominical, regência de jovens, vigílias, congressos...
Você ingressou na carreira Militar, Fuzileiro Naval da Marinha do Brasil. Ufa! Que alegria, agora sim, com uma profissão garantida, poderíamos nos casar, mas ainda era muito novo, com apenas 18 anos. No entato, já era projeto de Deus em tudo começar muito cedo em sua vida.
Te assustei com um xeque-mate: “Ou casamos ou terminamos”. E você por já estar tão apaixonado não teve como dizer não. E eu mesma sem ter condições mínimas de comprar um enxoval adequado, combinamos a data, 2 de fevereiro de 1985. E até meu vestido de noiva de 2° mão, me ajudou comprar. Na época, foi muito caro, mas também era muito lindo.
E assim realizamos a cerimônia mais linda, simples, pura, abençoada e selada por Deus e por nossos pais Carlos Padilha e Benedita, José Paulo e Lídia, comemorada por toda nossa família: Padilha e Teixeira, nossos irmãos e amigos.
E assim continuamos nossa trajetória de vida cristã, servindo a Deus. Você já dirigindo congregação: Bairro Cidade Jardim, Vila Itaú, Regência de Jovens Geral, regente da banda musical e ainda ajudava no coral, enfim tantas ocupações dentro da Igreja e na Obra do Senhor. Eu também trabalhando já podia te ajudar financeiramente. Fiz o curso de Magistério, e cursando Letras, já lecionava. Você com o conhecimento que tinha com os fuzileiros navais também vendia terrenos e foi numa dessas transações que conseguiu trocar o terreno que minha mãe tinha por uma casa descente, e a sogra que já o amava, passou a amá-lo mais ainda, ganhou uma casa nova, deixou a casinha de tábua de quatro cômodos por uma de alvenaria com direito a banheiro dentro de casa e muito mais (um genro desses quem não gostaria de ter?). Mas dentre muitas que estavam a fim de você, você me escolheu, a plebeia que virou Cinderela e encontrou seu príncipe. Só que com uma diferença: À meia-noite não se separaram, o encanto não terminou. Você me fez a princesa mais Amada, mais Privilegiada, mais Honrada, mais Abençoada e ainda me deu rês joias preciosas: Marcielly, João Carlos Filho e a Maressa.
Vivemos momentos de muita paz, alegria, regozijo na presença e na obra do Senhor, e em nosso lar, onde você tinha prazer em receber os amigos, irmãos e toda família, por isso, construiu uma casa bem grande, para que todos se sentissem bem quando fossem hospedados. Amou a todos sem distinção, chamou seu pai para morar conosco, para cuidar dele na velhice, mas no final foi seu paizinho quem cuidou de você, juntamente conosco. E agora ainda sem entender, infelizmente vivemos de muita tristeza, de dor, de sofrimento com toda sua família, todos seus irmãos, igreja e amigos VIVERAM A SUA DOR...
Aguardávamos com muita fé, com muita ansiedade, “Um milagre”. Mas o Papai do Céu como é mais forte que nós, nos venceu e o maior MILAGRE aconteceu, Ele te fez descansar, só que nos braços Dele, e onde você nunca mais sentiria dor, decepção, tristeza, somente alegria.
E como disse um amigo pastor seu, conjecturando (Pr. Elias Evangelista, de Fernandópolis) num dos seus aniversários. Que se Deus fosse construir alguma coisa muita linda lá no céu, ele ia te convidar, porque tudo que você fez aqui para nós e para a casa do Senhor é tudo muito lindo, exuberante, glamoroso, maravilhoso aos nossos olhos e aos olhos do Senhor. E sempre dizia: “Isso é coisa de crente”, e “Tudo para o Senhor tem que ser o melhor”.
Aprendi com você a amar mais a Deus e as pessoas, a perdoar aqueles que nos ofendem e a ver no outro mais as qualidades que os defeitos. A dar a Deus minhas ofertas e o meu melhor. E mais..., aprendi a sonhar e a realizar minhas metas e objetivos. Você foi um Mestre Excepcional em tudo, e esta coluna é pequena para descrever seu valor, seu potencial.
João Carlos Padilha de Siqueira, meu Amor, meu Amante, meu Amigo, meu Pai, meu Irmão, meu Guerreiro, meu Valente e meu Vencedor...
Você lutou, tombou, como um príncipe, como um grande... (II Samuel 3.38).
Deixou um legado de valor inestimável, incalculável para seus filhos, genro, família, igreja, irmãos e amigos.
Você foi, mas seus sonhos, suas obras, seus projetos, continuam e são eles que nos ajudam a superar um pouco da dor. Agora em 26 de junho, no Parque do Povo, às 14h, comemoraremos o Centenário das Assembleias de Deus, fechando com “Chave de Ouro” um dos seus últimos projetos: Batismo de 1.000 pessoas, mil almas que você, com seus companheiros obreiros, com garra, fé, determinação, ajudou a popular mais o céu.
Sempre será amado, lembrado e seguido por aqueles que também um dia querem alcançar o céu.
Com eterno Amor despede-se aqui sua eterna namorada e Princesa, Márcia Padilha, com muitas, muitas, saudades, e suas joias preciosas, Marcielly, Rodrigo, João Carlos Filho e Maressinha, que estarei com a ajuda de Deus lapidando para em breve nos encontrarmos na Glória.